PT aposta em candidatos desconhecidos para eleições municipais

  • Por Jovem Pan
  • 26/01/2016 11h42
Elza Fiúza / ABr Urna Eletrônica

 Diante da pior crise de sua história, o PT vê seus aliados fugirem da associação com o partido e aposta em candidaturas próprias para as eleições municipais. A legenda tem, em pelo menos 20 das 26 capitais brasileiras, pré-candidatos que, em muitos casos, são nomes desconhecidos do eleitorado. Segundo o partido, a estratégia é sair em defesa do partido e de programas sociais como o Mais Médicos e o Minha Casa, Minha Vida.

De acordo com o cientista político, Rafael Cortez, a estratégia dos petistas é arriscada: “Se tiver algum resultado, será mais no médio e longo prazo. Para o curto prazo é muito difícil que o partido consiga reverter a sua crise de imagem, principalmente nas capitais, onde o eleitorado de oposição tem crescido cada vez mais”. As candidaturas próprias devem acarretar em rompimentos com aliados como o PMDB de Alagoas, de Renan Calheiros, e do Pará, de Jader Barbalho.

O professor de ética e filosofia política da Unicamp, Roberto Romano, diz a Victor La Regina, que o PT terá problemas para afinar o seu discurso de ataque: “Quando você disputa uma eleição, e é bom lembrar que uma eleição é uma espécie de guerra, você não pode ficar absolutamente na defensiva, você tem que ir para o ataque. Como ele (PT) não tem o que atacar, porque é governo, fica muito difícil ter a possiblidade de segmento das hostes petistas no ataque”. Roberto Romano assinala ainda que a política brasileira está vendo um cansaço por parte do PMDB em relação aos governos do PT. O partido, que apoia o governo federal petista desde 2003, busca protagonismo e quer aumentar também as suas candidaturas próprias.

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