PT barra quebra de sigilo de investigados por desvios no Teatro Municipal
PT barra a quebra dos sigilos fiscal, bancário, telefônico e de e-mails dos investigados pelo desvio de R$ 15 milhões do Teatro Municipal de São Paulo. O vereador petista Alfredinho derrubou requerimento na CPI da Câmara Municipal em relação ao maestro Jonh Neschling, diretor artístico; o secretário municipal de Comunicação, Nunzio Briguglio Filho; o diretor da Fundação Teatro Municipal, entre 2013 e 2015, José Luiz Herencia; e William Nacked, ex-diretor geral do Instituto Brasileiro de Gestão Cultural. Todos negam participação no esquema.
Alfredinho apontou irregularidade na aprovação do requerimento: “dá para aprovar na reunião secreta um requerimento que não foi lido, sem alguns relatores nem terem conhecimento daquilo que estava votando e considerarem isso uma coisa legal”.
Após a ação petista, a sessão da CPI foi esvaziada. Ricardo Nunes, do PMDB, estranhou a postura da base governista do prefeito Haddad: “não entendo por que o governo está querendo abafar investigação que está caminhando tão bem”.
Ouvido pela CPI, o ex-secretário da Cultura de São Paulo, Juca Ferreira, também ex-ministro da Cultura no governo Dilma, negou qualquer participação no esquema, mas reconheceu falhas na administração dos recursos. “Se é possível falsificar nota e superfaturar e desviar parte desse dinheiro para contas pessoais, é evidente que alguma coisa falhou”, disse.
Uma investigação conjunta do Ministério Público Estadual e da Controladoria-Geral do Município revelou um esquema de corrupção que teria desviado R$ 15 milhões dos cofres públicos, por contratos irregulares firmados pela Fundação Teatro Municipal durante a gestão de José Luiz Herencia, entre 2013 e 2015.
O ex-diretor teria ficado com R$ 6 milhões e após ser afastado por Haddad confessou os crimes e firmou delação premiada com o Ministério Público.
Confira abaixo a reportagem completa de Marcelo Mattos:
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