PT usou BNDES para financiar evento partidário

  • Por Jovem Pan
  • 12/08/2015 10h05
Fabio Rodrigues Pozzebom /Agência Brasil Ex-presidente Lula participa da abertura da Marcha das Margaridas

Reinaldo, que história das Marchas das Margaridas do PT despetalado?

Um resumo de todos os vícios do petismo e do Brasil se fez presente nesta terça-feira em Brasília, no estádio Mané Garrincha, na abertura da chamada 5ª Marcha das Margaridas — trabalhadoras agrícolas manipuladas por lideranças de esquerda, como o MST. Estima-se que o evento tenha reunido 40 mil pessoas. A principal estrela da noite foi… Luiz Inácio Lula da Silva. O tema central: a defesa do mandato de Dilma. O financiamento? Ficou por conta do BNDES (R$ 400 mil), da Caixa Econômica Federal (R$ 400 mil) e da Itaipu Binacional (R$ 55 mil). Vale dizer: dinheiro público foi usado para financiar um ato partidário e de óbvio interesse do governo.

Lula vomitou suas velharias, como de hábito: “É lógico que a Dilma pode errar, como eu errei e como qualquer um erra enquanto mãe. Nem sempre a gente faz as coisas que são aceitas cem por cento pelos filhos. Nós sabemos disso, mas, quando ela errar, ela é nossa mãe, e temos de ajudá-la a consertar”.

Nossa mãe?

Já disse aqui: Dilma não é minha mãe, não é minha mulher, não é minha tia, não é minha filha, não é minha prima, não é minha sobrinha, não é minha avô. Dilma só é presidente da República, e ninguém está a cobrar dela nada que não tenha prometido.

Se Lula acredita que pode reverter a impopularidade de Dilma com tolices dessa natureza, está é ajudando a empurrá-la para o abismo. Quem precisa de mãe é órfão. O brasileiro precisa de governos dignos e capazes.

Ah, sim: adivinhem quem Lula decidiu atacar no evento, patrocinado por estatais? Aquele com quem queria se encontrar até a semana retrasada: FHC. Recorreu a uma de suas táticas mais asquerosas, que é jogar brasileiros contra brasileiros. Atribuiu ao tucano a afirmação de que Dilma só ganhou por causa dos votos no Nordeste. Ocorre que FHC jamais disse essa tolice. Trata-se de uma das mentiras habituais de Lula.

Outras lideranças que discursaram falaram em defesa do mandato de Dilma: “Não admitimos nenhum golpe neste país”, afirmou a secretária de mulheres da Contag, Alessandra Luna. Nem nós, né? E é precisamente isso que o PT não perdoa.

As lideranças que cuidam da manifestação de protesto do dia 16 de agosto nem precisam de muito esforço para colocar milhares, talvez milhões, nas ruas. O PT está fazendo uma propaganda danada do ato.

Enquanto Lula cooptava as margaridas chapas-brancas do PT despetalado no estádio Mané Garrincha, Dilma oferecia um rega-bofe a alguns punhos de renda de Brasília, incluindo Rodrigo Janot, o procurador-geral da República.

É incrível: um governo que está caindo de podre não tem o menor pudor de financiar com dinheiro público um ato escancaradamente partidário, o que é outra ilegalidade.

O PT não tem cura.

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