Quadrilha aliciava funcionários de bancos e “sequestrava” telefones em fraude

  • Por Jovem Pan
  • 07/03/2017 09h35
Divulgação/DEIC Assinaturas clonadas tinham tanta precisão

A Polícia Civil de São Paulo desbaratou na manhã desta terça-feira (7) uma quadrilha que utilizava engenhoso esquema para descontar cheques de clientes de bancos de todo o Brasil.

Integrantes do Deic (Departamento Estadual de Investigações Criminais) cumprem 18 mandados de busca e apreensão e 15 mandados de prisões em São Paulo e no interior do Estado – Nova Odessa, Piracicaba e Sumaré. A polícia estima um prejuízo de R$ 5 milhões em apenas 10 meses.

Os golpistas aliciavam funcionários dos bancos e obtinham informações completas sobre correntistas: nome, endereço, telefones, números de documentos de identificação e das contas correntes – além da assinatura.

Um especialista em falsificação conseguia copiar a assinatura roubada de forma tão semelhante, que a própria vítima acreditava ser a sua grafia, segundo a polícia. Registros de identidade (RGs) também eram fraudados pelos estelionatários.

Outra parte do golpe consistia em “sequestrar” o número de celular dos clientes dos bancos. Quando, então, as instituições financeiras ligavam para confirmar a transação, os próprios vigaristas atendiam e a autorizavam.

Com informações do repórter Tiago Muniz:

Segundo o delegado Newton Fugita, da 2ª DIG, os golpistas chegavam a ligar para as vítimas como funcionários de operadoras de telefonia. “Pediam para manter o telefone desligado por 46 minutos alegando uma manutenção no sistema. Nesse período conseguiam autorizar o saque do dinheiro”, explicou Fugita.

O dinheiro era usado para comprar bens de consumo, principalmente veículos de alto padrão. Os vigaristas responderão por estelionato e associação criminosa.

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