Quase 50 anos depois, MPF começa a investigar morte de Carlos Marighella
O Ministério Público Federal abriu uma investigação sobre a morte do guerrilheiro Carlos Marighella, fundador da Ação Libertadora Nacional, que morreu há 47 anos.
Essa é a primeira vez que a equipe de policiais do delegado Sérgio Paranhos Fleury, do Dops, que foi o símbolo da repressão na ditadura, será investigada por um crime político.
Fleury comandou a operação que matou Marighella. Ela foi realizada por 43 homens, entre civis e militares.
A decisão de apurar é do procurador da República Andrey Borges de Mendonça, que já começou a tomar depoimentos de testemunhas. A iniciativa se baseia no argumento de que, como esses delitos foram crimes contra a humanidade, eles são imprescritíveis e insuscetíveis de graça ou anistia.
Quase duas dezenas de denúncias já foram feitas pelo MPF à Justiça Federal contra agentes da ditadura. Em todas, a Justiça decidiu que as ações não podem prosperar em razão da decisão do Supremo Tribunal Federal que manteve a Lei de Anistia, de 1979.
*Informações da repórter Carolina Ercolin
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