Quase um terço das famílias do País mantém grau de endividamento de 2016
Levantamento indica que 31% das famílias brasileiras se consideram tão endividadas em 2017 quanto estavam no início do ano passado. A conclusão é de uma pesquisa realizada pela Fiesp, a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo, em parceria com o Instituto Ipsos.
Segundo o relatório, 22% das famílias dizem estar menos endividadas neste ano, enquanto outras 19% acreditam que os problemas financeiros aumentaram.
A assessora econômica da Fecomércio, Fernanda Della Rosa, explicou que os brasileiros estão evitando contrair novas dívidas. “O consumidor ainda está retraído em relação às compras”, disse.
Fernanda Della Rosa afirmou que a sensação de endividamento das famílias tende a se manter alta em janeiro, em razão das despesas de início de ano.
O presidente da Associação Brasileira de Educadores Financeiros, Reinaldo Domingos, recomendou um pente-fino sobre as despesas do orçamento: “saber para onde está indo cada centavo do dinheiro da família”.
O educador financeiro Reinaldo Domingos lembrou que o orçamento familiar sempre precisa ser ajustado, para que as dívidas sejam quitadas.
Apesar do cenário difícil, um levantamento da Boa Vista SCPC indicou que 81% dos brasileiros esperam melhora da situação, até o final de 2017.
De acordo com a pesquisa, os consumidores acreditam que a relação entre recebimento e gastos terminará o ano em um patamar positivo.
O economista da Boa Vista SCPC, Flávio Calife, atribuiu o otimismo à melhora dos níveis de endividamento: “o endividamento não tem aumentado muito. Hoje o consumidor está menos endividado”.
O economista Flávio Calife acrescentou que o otimismo em relação à situação econômica é maior entre os mais jovens.
Segundo a pesquisa da Boa Vista SCPC, 92% dos entrevistados com até 25 anos de idade esperam melhora da situação financeira nos próximos meses.
*Informações do repórter Vitor Brown
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