Quedas no comércio já atingem supermercados e farmácias

Vendas do comércio recuam 3,3% e o setor já espera Natal fraco e recessão em 2016. O levantamento do IBGE mostra que a queda já atinge até supermercados, farmácias e perfumarias.
O economista da Confederação Nacional do Comércio, Fábio Bentes, nega que o varejo tenha chegado ao fundo do poço, mas diz que o setor deve manter o pessimismo no ano que vem: “Há uma herança muito ruim para 2016. A gente trabalha com uma perspectiva de queda nas vendas, não tão forte como a desse ano, mas uma queda de 2,9% no varejo restrito. A crise, além de profunda, é duradoura”.
Já o economista José Walter Martins de Almeida culpa a queda na renda e o aumento do desemprego pela retração vertiginosa do comércio. Ele enfatiza que o biênio 2015/2016 será dramático para o setor: “Imaginamos que o comércio para o ano que vem deve ter uma retração na ordem de 3%. Como a gente acha que esse ano vai fechar em 4 %, em dois anos é uma queda muito acentuada”.
O levantamento do IBGE mostra que a retração foi maior nas vendas de automóveis, eletrodomésticos e móveis. São os setores do varejo que dependem da maior disponibilidade de crédito que, atualmente, está caro e mais difícil.
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