Recuo de 9% no varejo em maio prejudica faturamento de comerciantes

  • Por Jovem Pan
  • 13/07/2016 11h13
Jovem Pan Recuo de 9% no varejo em maio prejudica faturamento de comerciantes

O varejo recuou 9% em maio em comparação com o mesmo mês do ano passado. No entanto, segundo o IBGE, esse patamar registra a maior queda para o mês desde 2001.

Aliado a isso, a maior dificuldade de conseguir crédito atrapalha o ato de comprar algum produto ou serviço, segundo levantamento do SPC Brasil e da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas.

O brasileiro até tem vontade de comprar uma roupa nova, por exemplo, mas deixa para depois pela limitação financeira. Somente no setor de vestuário, esse fato atinge 16,4% dos pesquisados, especialmente entre as pessoas das classes C, D e E e residentes no interior.

O comerciante do setor, Rufino Martins, sentiu a queda nos últimos meses, mas a situação tem se agravado recentemente: “há uns dez meses já vemos queda de faturamento, de público. Vendas menores”

Panorama semelhante vive o setor de materiais de construção, que caiu 0,4% em maio, em relação a abril. Os materiais brutos da construção, segundo Francisco Cury, comerciante do setor, foram os mais afetados.

“A parte que está sofrendo mais é a bruta. O material pesado tem sofrido mais. Muitos amigos meus já fecharam a loja”, disse.

Jaime Vasconcelos, economista da Fecomércio disse que o desempenho ruim do comércio é fruto da redução do consumo atrelada ao desemprego. Mas, ainda assim, há perspectiva de leve melhora.

“Parece que estamos próximos do fundo do poço, já que a expectativa é de recuperação mesmo que tímida, no segundo semestre. Uma recuperação que dizemos não significam vendas maiores, mas pelo menos não tão negativas”

Rufino Martins, comerciante de roupas, garante que não vai esperar por novidades, mas sim buscar as oportunidades.

Pelo Brasil, as maiores quedas partiram do varejo de Roraima (-6%) e Pará (-5%).

Na contramão, com um pouco de fôlego, estão Santa Catarina, onde as vendas do comércio cresceram 2,5%, Rio Grande do Sul (0,8%), Paraná (0,3%) e Mato Grosso do Sul (0,1%).

Confira a reportagem de Fernando Martins:

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