Recuo nas previdências estaduais e municipais desagrada base na Câmara

  • Por Jovem Pan
  • 23/03/2017 06h18
Divulgação Arthur Maia (PPS-BA) - DIV

A decisão do presidente Michel Temer em retirar as previdências estaduais e municipais do projeto de reforma que está no Congresso irá acelerar a votação, mas não agrada líderes governistas.

O primeiro recuo do Governo foi considerado amplo demais e fora de hora. O relator da Previdência, deputado Arthur Maia (SD-BA), alertou que esta é apenas a vontade do presidente.

O projeto, segundo o relator, tem que ser modificado e não pode ir contra a Constituição: “não é o fato do presidente dar uma orientação que quer dizer que possa passar por cima da Constituição”.

Pauderney Avelino, vice-líder do DEM na Câmara, decidiu que vai tentar incluir no texto da reforma da Previdência exigência com prazo para que os governadores façam as reformas em seus Estados.

Segundo Arthur Maia, isso não dá certo: “governador não faz a reforma. Governador manda uma proposta de reforma e depende da Assembleia Legislativa aprovar ou não”.

O ex-ministro da Previdência Reinhold Stephanes (PSD-PR) admitiu que a decisão reduz a expectativa da Previdência: “sempre que se tira alguma categoria, você coloca um peso maior para aqueles que vao sofrer a reforma”.

O projeto de reforma da Previdência terá a última audiência pública na terça-feira (28). O relator irá procurar, a partir daí, os partidos políticos e tentar um acordo mínimo para aprovação no plenário da Câmara.

*Informações do repórter José Maria Trindade

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