Referendo que pode revogar mandato de Nicolás Maduro ficará para 2017

  • Por Jovem Pan
  • 10/08/2016 07h21

Nicolás Maduro não tem como aliado um "PMDB" para fazer a transição

EFE/PRENSA MIRAFLORES Nicolás Maduro - EFE

As manobras do governo da Venezuela devem fazer com que o referendo que pode revogar o mandato do presidente Nicolás Maduro aconteça apenas em 2017. O processo que tenta tirar o líder chavista do cargo já se estende há quatro meses e só deve ter um desfecho no início do ano do ano que vem.

O Conselho Nacional Eleitoral do país informou nesta terça-feira (09) que a fase de coleta das quatro milhões de assinaturas necessárias para efetuar a consulta popular deve ser concluída em outubro.

Depois disso, o órgão terá ainda 29 dias para verificar se os vistos são legítimos, em um processo que deve se arrastar até novembro.

Caso as firmas sejam reconhecidas, a oposição seria então autorizada a convocar, após três meses, o referendo.

Ao anunciar o cronograma da votação, a presidente do Conselho Nacional Eleitoral da Venezuela, Tibisay Lucena, voltou a dizer a segurança jurídica do país continua sendo ameaçada pela influência de atores políticos.

“Estamos vivendo situações complexas, que não são as mesmas vividas em outros anos. Estamos vivendo momentos de confrontação política, em que, em algumas ocasiões, determinados atores políticos, através de supostos conhecimentos e de evasivas em relação às normas, buscam a demolição da autoridade eleitoral no país.”, disse a presidente do Conselho Nacional Eleitoral da Venezuela, Tibisay Lucena.Para revogar o mandato de Nicolas Maduro, serão necessários mais de 7 milhões e 500 mil votos, que é o total de apoiadores conquistados por ele, na eleição de 2013.

As últimas pesquisas indicam que a marca seria alcançada no referendo, onde cerca de 12 milhões de venezuelanos pretendem votar contra o presidente.

Caso a consulta seja realizada até o dia 10 de janeiro de 2017 e termine com vitória dos opositores, o líder chavista deixa o posto e novas eleições são convocadas.

Caso Maduro perca o mandato após desta data, o vice-presidente Aristóbulo Istúriz assume o cargo.

*Informações do repórter Victor Brown

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