Reforma trabalhista: relator crê que projeto vai passar “do jeito que se encontra”

  • Por Jovem Pan
  • 26/04/2017 08h38
Brasília - O deputado Rogerio Marinho, relator do projeto da reforma trabalhista (PL 6.787/16), apresenta o parecer sobre a proposta (Antonio Cruz/Agência Brasil) Antonio Cruz/ Agência Brasil Rogério Marinho - abr

Em entrevista exclusiva ao Jornal da Manhã, o relator da reforma trabalhista, deputado Rogério Marinho (PSDB-RN) afirmou que o projeto que será votado na Câmara nesta quarta-feira (26) está fechado com a base aliada do Governo. “Houve compreensão do conjunto do projeto”, disse o deputado, que afirmou ainda que a questão da contribuição sindical está, de fato, extinta em seu relatório.

“O nosso relatório prevê a extinção dessa obrigatoriedade de uma só vez. Não transigimos e nem abrimos negociação para retirar isso do relatório. Mas, dentro do Parlamento, deputados que querem manter status quo ou propor conciliação terão a possibilidade de apresentar emenda. Meu sentimento hoje do que ocorre na Câmara é de que o nosso projeto vai passar do jeito que ele se encontra”, disse.

Com apenas uma votação, que exige maioria simples para ser aprovada, a expectativa do relator é de que o texto vá ao Senado ainda na noite desta quarta.

As mudanças que serão votadas hoje atingem 100 pontos da CLT e tem como base a redefinição de que o negociado vale acima do legislado. Divisão de férias, carga horária diária, banco de horas trabalhado, trabalho remoto e registro de ponto são os itens possíveis de negociação.

As regras são importantes, mas o resultado será por maioria de votos em plenário, diferente da reforma da Previdência, que será por PEC e precisa de 308 votos favoráveis.

Sobre a terceirização, Rogério Marinho afirmou que foram propostas três salvaguardas ao trabalhador, de modo que ele não seja prejudicado com a reforma trabalhista.

Ainda sobre outro ponto do texto, a divisão das férias, o tucano disse que a negociação será permitida, segundo o relatório, diretamente entre trabalhador e empregado.

Confira a entrevista completa:

Comentários

Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.