Relator destituído diz que há monitoramento para não votar cassação de Cunha

  • Por Jovem Pan
  • 10/12/2015 09h11
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Brasília-Relator deputado Fausto Pinato, durante reunião do Conselho de Ética da Câmara, para discutir e votar o parecer sobre o pedido de cassação do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (Valter Campanato/Agência Brasil) Valter Campanato / Agência Brasil Fausto Pinato

 Fausto Pinato afirma: “Eu imaginava que seria difícil, até pelo número de aliados, mas não imaginava esse número de manobras, rasteiras”. O deputado do PRB foi destituído da relatoria do processo de cassação de Eduardo Cunha após sessão tumultuada. Celso Russomanno, presidente do partido do ex-relator, cogita acionar o STF para reverter a substituição pelo deputado Marcos Rogério (PDT-RO).

É a sexta vez que o Conselho de Ética adia a votação do parecer de Fausto Pinato, que afirma que o Congresso está engessado: “É um processo que tem que ser aberto para ter o contraditório. Está havendo um monitoramento para não votar. Vemos um excesso de manobras e o Congresso está parado, não consegue fazer mais nada”.

A alegação para o seu afastamento foi a de que o PRB tinha feito parte do mesmo bloco de Cunha na Câmara, mas Pinato lembra que o Conselho de Ética não é formado por todos os partidos e que cada deputado tem um mandato dentro da comissão. Sobre as expectativas do andamento do processo com o novo relator, diz: “Estou muito tranquilo, espero que mantenha a imparcialidade, como eu estava fazendo pela inadmissibilidade da permanência de Cunha”.

Pinato chegou a ser ameaçado durante seu período de relatoria e comenta: “Fui abordado em aeroporto, minha família foi ameaçada, mas já foram tomadas todas as medidas. Eu contratei um ex-policial militar para ficar dentro da minha casa”.

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