Relator diz que existem dois lados na votação do Cunha: das provas e da política

  • Por Jovem Pan
  • 09/06/2016 10h11
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Brasília – O relator, deputado Marco Rogério, durante a reunião do Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara dos Deputados. (José Cruz/Agência Brasil) José Cruz / Agência Brasil Marcos Rogério (PDT-TO)

O deputado Marcos Rogério (DEM), relator do processo de cassação de Eduardo Cunha no Conselho de Ética da Câmara, em entrevista à Jovem Pan, falou que existirão dois tipos de votos possíveis na terça-feira (14): “Ali você está diante de dois tipos de votos, aqueles que vão votar em razão do conjunto das provas apuradas, e aqueles que, mesmo reconhecendo as provas, vão votar de acordo com a política”.

Rogério diz que o apoio de Cunha aumentou com a aceitação do processo de impeachment de Dilma Rousseff: “O Eduardo foi alguém que deu altivez à Câmara, tocou um processo de impeachment, que era apelo da população brasileira, que gerou uma onda de apoio a ele no parlamento. Aqueles que estão no Conselho há mais tempo, consideram as provas, que demonstram a gravidade da sua conduta. São valores diferentes”.

Para o deputado, as provas que justificam a cassação de Cunha são incontestáveis, como o uso do passaporte e endereço do presidente da Câmara para abertura de contas, correspondências em seu nome, e até a pergunta de segurança de acesso a conta, categorizado como “mãe” e cuja resposta é “Elza”, nome da mãe de Eduardo Cunha.

O relator diz que a mentira de do presidente da Casa afastada encobre algo muito maior: “Ele sonegou, omitiu informações importantes, para esconder contas de corrupção e vantagens indevidas. A mentira teve um objetivo criminoso maior, de ocultar informações relevantes que levariam ao descobrimento de uma conduta muito mais grave. (…) O que está em jogo é a imagem do parlamento”.

Informações do correspondente da Jovem Pan em Brasília, José Maria Trindade.

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