Religião interfere em acesso de mulheres a métodos contraceptivos, diz estudo
Pesquisa afirma que religião dificulta acesso de mulheres a métodos contraceptivos.
Um estudo da Federação Internacional de Planejamento Familiar, realizado no México, Colômbia, Argentina, Chile e Brasil, aponta a influência nas políticas públicas.
A socióloga Jaqueline Pitanguy analisou o impacto da religião na saúde. “Todas as pessoas têm o direito de serem o quão religiosas quiserem, desde que isso seja um projeto de vida, de espiritualidade. O problema é quando crenças religiosas interferem na prestação de serviços de saúde – sexual e reprodutiva – que devem ser prestados de acordo com padrões de saúde e não de crenças religiosas. Não se trata de que pessoas religiosas não deveriam exercer sua religião; mas religião não deveria informar padrões de conduta profissional quando se trata de atender paciente em rede pública de saúde”, disse.
O Brasil conta com uma lei avançada e mesmo fora das capitais, o acesso aos métodos é difícil, mas há distribuição pelo Sistema Único de Saúde.
A pesquisa chama a atenção para a inexistência de campanhas sobre planejamento familiar e contracepção feminina no Brasil.
*Informações do repórter Marcelo Mattos
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