Renan Calheiros proíbe “voto espetáculo” durante votação no Senado

  • Por Jovem Pan
  • 20/04/2016 13h09
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Brasília - Ao chegar no Senado, o presidente do Senado, Renan Calheiros, fala à imprensa. (Antonio Cruz/Agência Brasil) Antonio Cruz/Agência Brasil Renan Calheiros

 Renan Calheiros acaba com o “voto espetáculo” e estabelece que votação do impeachment no plenário do Senado seja realizada no painel eletrônico. Os votos serão igualmente abertos, mas sem as falas no microfone igual ao que ocorreu na Câmara dos Deputados.

Eduardo Cunha estabeleceu o chamado “voto cantado” para levar os parlamentares a assumirem publicamente e na TV como votaram. Esse voto foi estabelecido na tentativa de aprovar a emenda das Diretas, e depois foi usado durante o impeachment do ex-presidente Collor.

Para Calheiros a situação na Câmara Alta é diferente: “O papel funcional do Senado Federal é julgar se há ou não há crime de responsabilidade, e a modalidade de votação será a mais simplificada possível. Aqui não vai valer o voto de influência do pai, da mãe, do neto, do filho, o que vai valer aqui é uma definição por 2/3 de votos se há ou não há crime de responsabilidade. A fase da Câmara era uma fase diferente. A Câmara que autorizou a denúncia, a instauração do processo, e o julgamento acontecerá no Senado”.

Os líderes dos partidos apoiaram o procedimento. O líder do PMDB, Eunício Oliveira, considera que fazer declarações durante a votação tira a seriedade da sessão: “Temos que ter toda cautela, não podemos fazer aqui bravatas, voto para a mamãe, para a vovó, para a titia. É um voto que vai definir o destino de um país, de um governante maior. Temos que fazer isso com muita sobriedade e seriedade”.

No Senado, a avaliação é de que o tipo de voto não muda a decisão dos senadores. Entre os parlamentares, 45 dos 81 já se declararam favoravelmente ao impeachment.

Informações do correspondente da Jovem Pan em Brasília, José Maria Trindade.

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