Responsável pelo setor de propinas da Odebrecht relata operações a Moro

  • Por Jovem Pan
  • 13/04/2017 09h23
BRA51. SAO PAULO (BRASIL), 10/04/2017.- Fotografía de archivo del 22 de diciembre de 2016, de la sede de constructora Odebrecht en la ciudad de Sao Paulo (Brasil). El grupo Odebrecht, implicado en el escándalo de corrupción en Petrobras, causó daños por valor de 5.684 millones de reales (unos 1.810 millones de dólares) en 11 contratos inflados firmados con la estatal entre 2003 y 2014, según un informe de la Policía Federal obtenido hoy, lunes 10 de abril de 2017, por varios medios locales. EFE / SEBASTIÃO MOREIRA / ARCHIVO EFE / SEBASTIÃO MOREIRA Fachada da sede da Odebrecht em São Paulo - EFE

A delação da Odebrecht comprova seu potencial para implicar figuras que até pouco tempo atrás detinham postos-chave na República.

Fernando Migliaccio da Silva entrou em 1992 como estagiário da Obebrecht, seguiu com carreira financeira na empreiteira para, em 2008, assumir posto importante no departamento de operações estruturadas, que ficou conhecida mais tarde como uma verdadeira rede articulada de distribuição de propinas.

Réu em ação penal, Migliaccio depôs ao juiz federal Sérgio Moro. “Quando a gente recebia planilha eu sabia o que era em dólar e o que era em real. Na planilha constava o que era dólar, o que era real, o apelido que se dava a essa pessoa, para eu e minha área não sabermos quem era, senha e, por fim, o endereço para que se pagasse”, contou.

O dinheiro vinha do exterior, caixa dois clássico, e tudo estruturado. Questionado se ele sabia o conteúdo da planilha, ele disse que “falaram” que era o controle que o Marcelo [Odebrecht] tinha junto com o Italiano e depois com o Pós-Itália. O ‘Amigo’ nunca ninguém me disse. Mas o Italiano era Palocci e Pós-Itália era Mantega”, disse. R$ 200 milhões de reais foram pagos pela Odebrecht dentro da estrutura política administrativa.

Mônica Moura, esposa do marqueteiro João Santana é “Feira” na planilha. Segundo ele, se pagava a marqueteira para pagamento de candidatos e suas campanhas.

Em 2012, o ex-ministro Antonio Palocci tinha a receber R$ 6 milhões e o “Amigo”, R$ 23 milhões.

O juiz Moro questionou o que é prédio IL. Migliaccio disse que agora entende via imprensa o que seria, Instituto Lula, e programa OH, Olanto Homala, ex-presidente do Peru, numa comprovação das ramificações no exterior da Odebrecht.

*Informações do repórter Marcelo Mattos

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