RJ registra 645 mortes causadas por policiais em 2015, diz relatório
Na cidade sede da Olimpíada, as promessas de melhora na segurança pública se contradizem com a violência policial.
O Rio de Janeiro registrou, na última década, 8 mil mortes causadas por agentes do Estado, a maior parte delas encobertas durante a investigação.
A organização Human Rights Watch selecionou 64 casos e entrevistou 30 policiais, em relatório divulgado na manhã desta quinta-feira (07).
A diretora da ONG, Maria Laura Canineu, afirmou que a falta de preparo dos agentes da segurança pública é só o começo desse problema: “ele é um problema da Polícia Militar, que executa o cidadão e encobre essas mortes. Problema da Polícia Civil que não investiga essas mortes”
O relatório da Human Rights Watch foi chamado de “O bom policial tem medo”, um sentimento constatado pelos entrevistadores da pesquisa. A letalidade da polícia no Rio de Janeiro caiu significativamente entre 2008 e 2013, mas voltou a subir e alcançou 645 mortes no ano passado.
A piora coincide com a proximidade da Olimpíada, grande preocupação do governo fluminense, que terá a ajuda da Força Nacional de Segurança.
Para o professor de Direito do Mackenzie Rio, Newton de Oliveira, os agentes que chegaram na cidade na terça-feira podem melhorar a situação. A Força Nacional, composta por policiais de diversos estados do país, terá seis mil homens no Rio de Janeiro nos próximos dois meses.
Na primeira noite do grupo na capital fluminense, uma viatura foi alvo de tiros no entroncamento entre a Avenida Brasil e a Linha Amarela.
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