RJ registra 645 mortes causadas por policiais em 2015, diz relatório

  • Por Jovem Pan
  • 07/07/2016 08h20
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Rio de Janeiro - Polícias Civil e Militar apresentam presos da operação "Paz Armada", que tentou cumprir 58 mandados de prisão na favela da Rocinha. Desde setembro de 2012 a comunidade tem uma Unidade de Polícia Pacificadora (UPP). Fernando Frazão/Agência Brasil Polícia Militar do Rio de Janeiro - 2013

Na cidade sede da Olimpíada, as promessas de melhora na segurança pública se contradizem com a violência policial.

O Rio de Janeiro registrou, na última década, 8 mil mortes causadas por agentes do Estado, a maior parte delas encobertas durante a investigação.

A organização Human Rights Watch selecionou 64 casos e entrevistou 30 policiais, em relatório divulgado na manhã desta quinta-feira (07).

A diretora da ONG, Maria Laura Canineu, afirmou que a falta de preparo dos agentes da segurança pública é só o começo desse problema: “ele é um problema da Polícia Militar, que executa o cidadão e encobre essas mortes. Problema da Polícia Civil que não investiga essas mortes”

O relatório da Human Rights Watch foi chamado de “O bom policial tem medo”, um sentimento constatado pelos entrevistadores da pesquisa. A letalidade da polícia no Rio de Janeiro caiu significativamente entre 2008 e 2013, mas voltou a subir e alcançou 645 mortes no ano passado.

A piora coincide com a proximidade da Olimpíada, grande preocupação do governo fluminense, que terá a ajuda da Força Nacional de Segurança.

Para o professor de Direito do Mackenzie Rio, Newton de Oliveira, os agentes que chegaram na cidade na terça-feira podem melhorar a situação. A Força Nacional, composta por policiais de diversos estados do país, terá seis mil homens no Rio de Janeiro nos próximos dois meses.

Na primeira noite do grupo na capital fluminense, uma viatura foi alvo de tiros no entroncamento entre a Avenida Brasil e a Linha Amarela.

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