Rolls-Royce firma acordo de leniência para encerrar investigações em três países
A multinacional britânica Rolls-Royce firmou acordos de leniência no Brasil, nos Estados Unidos e na Grã-Bretanha para encerrar as investigações sobre casos de corrupção.
Ao todo, a empresa deverá pagar cerca de 670 milhões de libras esterlinas às autoridades dos três países, para evitar possíveis punições futuras.
O nome da Rolls-Royce apareceu em processos da Operação Lava Jato, após a delação do ex-gerente de Serviços da Petrobras, Pedro Barusco.
Ele relatou ter recebido “pelo menos” 200 mil dólares para que os britânicos fechassem um contrato de 100 milhões de dólares, com a estatal brasileira.
A companhia trabalha com a fabricação de turbinas de geração de eletricidade, usadas pela Petrobras na exploração de plataformas de petróleo.
O depoimento de Barusco à Polícia Federal foi cedido em novembro de 2014.
Depois disso, um levantamento feito pela Controladoria Geral da União apontou que outros contratos da Rolls-Royce também tinham valores suspeitos.
As informações foram confirmadas por outro delator da Lava Jato, o lobista Julio Faerman.
Ele confessou a realização de pagamentos ilícitos como representante da multinacional no Brasil.
Faerman era considerado um dos maiores lobistas da Petrobras e também atuava em nome da empresa holandesa SBM.
De acordo com um comunicado emitido pela Rolls-Royce, o único acordo de leniência que já está assinado é o que foi acertado com as autoridades britânicas.
No Brasil e nos Estados Unidos, as negociações ainda estão em andamento.
*Informações do repórter Vitor Brown
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