Rombo nas contas externas diminui, mas motivos não são bons, dizem especialistas
Rombo nas contas externas supera R$ 56 bilhões de janeiro a novembro deste ano. Esse valor encolheu 68% em relação ao mesmo período de 2014 por dois motivos básicos: os gastos de brasileiros no Exterior, que caíram 43%, e a balança comercial, que ficou no azul no mês passado.
Em entrevista a Denise Campos de Toledo, o economista Jason Vieira vê poucos motivos para festas: “As exportações estão piores do que as do ano passado, mas as importações caíram muito. Essa queda bastante expressiva das importações e também dos serviços, tudo isso tem impactado positivamente no resultado final da balança”.
Outro economista concorda que a redução do rombo nas contas externas se deve mais a fatores negativos. Alex Agostini acrescenta que, nesta segunda feira (21/12), o novo ministro da Fazenda contribuiu com o resultado: “O governo não tem proposta contundente para resgatar a confiança do mercado financeiro e a reação não poderia ser outra: o dólar operou boa parte do dia acima dos R$ 4”. Para Agostini, o mercado teme a volta da política expansionista do gasto público com aumento de impostos. O economista lembra que o novo ministro da Fazenda só não reduziu à zero o superávit primário porque o Congresso não deixou.
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