Sabesp registra aumento de 35% nos casos de furto de água em SP

novos prédios deverão ter medidores individuais de consumo de água

O número de furtos de água em São Paulo cresceu 35% em 2016, de acordo com dados divulgados pela Sabesp. Ao longo de todo o ano passado, quase 26 mil ocorrências foram registradas, na capital paulista e na região metropolitana. Ao todo, foram desviados 3 bilhões e 800 mil litros de água.

O volume seria suficiente para abastecer por um mês a população de uma cidade como Diadema, por exemplo.

Na maior parte dos casos, os crimes são cometidos por meio de dispositivos que fraudam os medidores hídricos.

Além disso, a companhia também identificou desvios realizados diretamente nas tubulações.

Cerca de 22 mil casos foram registrados em residências, enquanto outros 2.690 aconteceram em estabelecimentos comerciais.

A estimativa é de que as irregularidades tenham provocado um prejuízo de R$ 35 milhões.

O superintendente de auditoria da Sabesp, Marcelo Fridori, explicou que os desvios costumam ser descobertos quando os grandes consumidores de água reduzem o consumo, de forma repentina: “tem equipes em todas as unidades da Sabesp que acompanham a evolução dos consumos. Quando existe queda brusca ou consumo atípico, nós selecionamos estes casos para vistorias”.

Marcelo Fridori ressalta que, além do monitoramento, as denúncias feitas por moradores também ajudam bastante no combate aos furtos. Somente em 2016, a Sabesp recebeu 59 mil queixas.

A Polícia Civil participou de 35 operações no ano passado, que resultaram em 552 boletins de ocorrência.

As denúncias podem ser feitas tanto pela Central de Atendimento Telefônico da Sabesp, no número 195, como pelo Disque-Denúncia, no telefone 181. Nos dois casos, a ligação é gratuita e a acusação é feita sob sigilo.
O furto de água é considerado crime, com pena prevista de até oito anos de prisão.

*Informações do repórter Vitor Brown