Santa Casa suspende cirurgias e espera renegociar dívida para não fechar
Santa Casa de Misericórdia de São Paulo suspende cirurgias não emergenciais e espera por renegociação da dívida para não fechar as portas.
A medida adotada há dez dias em razão da verba escassa tem o objetivo de garantir os atendimentos de pronto-socorro e de pessoas já internadas. O hospital enfrenta uma grave crise financeira desde 2014 e, com a decisão, cerca de 900 cirurgias por mês deverão ser adiadas.
O superintendente da Santa Casa, José Carlos Vilela, explicou que a falta de medicamentos é um outro problema causado pela falta de recursos. “Falta de caixa não nos permite ter um estoque em um nível adequado. PS da Santa Casa continua operando normalmente e todas as cirurgias emergenciais estamos priorizando. As que estão com cirurgias postergadas estão sendo impactadas por isso e nos deixa preocupados”, disse.
José Carlos Vilela lembrou ainda que a dívida chega a R$ 860 milhões e espera que ela seja renegociada até outubro para que o hospital não feche as portas.
O presidente da Confederação das Santas Casas e Hospitais Filantrópicos, Edson Rogatti, afirmou ao repórter Anderson Costa que a situação é ruim em todo o País: “essa tabela que nós recebemos está há mais de dez anos sem reajuste e agora com essa crise, diminui o repasse do fundo de participação dos municípios, do ICMS e fica cada vez mais difícil chegar no hospital”.
A Secretaria Estadual de Saúde afirmou que até o fim do ano serão repassados R$ 70 milhões para a Santa Casa de São Paulo. O Ministério da Saúde informou que está revendo o repasse de verbas para os hospitais filantrópicos por meio da tabela do SUS.
Confira as informações do repórter Fernando Martins:
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