Saúde pública: 63% dos municípios ainda não têm prontuários eletrônicos
Após fim do prazo dado pelo Governo federal, 63% dos municípios brasileiros ainda não têm prontuários eletrônicos na rede pública de saúde.
O sistema que reúne o histórico de consultas e exames feitos pelo paciente deveria ter sido implantado em todo o País, até o dia 10 de dezembro.
Porém, um relatório do Ministério da Saúde indica que 3,5 mil cidades ainda não aderiram ao projeto, lançado oficialmente em outubro.
O ministro da Saúde, Ricardo Barros, afirmou que a digitalização dos dados facilitará o atendimento e deve melhorar a qualidade dos diagnósticos.
“O prontuário eletrônico permite ao médico, de imediato, conhecer todo o histórico do paciente e isso facilita seu trabalho de identificar algum diagnóstico”, disse.
O ministro Ricardo Barros pretende aumentar a adesão das pequenas cidades aos prontuários eletrônicos, reduzindo a concentração nas capitais.
Nesta quarta-feira (14), um relatório do Conselho Regional de Medicina de São Paulo revelou um abismo de infraestrutura entre municípios, na área de saúde.
Santos contabiliza taxa de 6, 9 médicos para cada mil habitantes, enquanto a região de São João da Boa Vista registra média de 0, 86.
O presidente do Cremesp, Mauro Aranha, explicou que os médicos se deslocam para regiões com maior oferta de trabalho. “Bons programas de residência médica, hospitais de médio e grande porte, são polos de atuação para os médicos. Isso tem que ser modificado nas políticas públicas de educação médica”, disse.
Mauro Aranha destacou ainda que a região de Ribeirão Preto é a que conta com maior densidade de médicos, em São Paulo.
Em 2015, a taxa de médicos no estado chegou a 2,79 profissionais para cada mil habitantes, índice superior à média nacional, que é de 2,1.
*Informações do repórter Vitor Brown
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