Se aprovada, venda de vacinas em farmácias pode reduzir o preço das doses
As farmácias aguardam regulamentação da Anvisa para já iniciar venda e aplicação de vacinas, mas especialista analisa medida com cautela. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária deverá publicar, em um mês, nota técnica para deixar as regras mais claras. A Abrafarma, Associação Brasileira de Redes de Farmácias e Drogarias, contabiliza mais de 70 mil unidades no país.
O presidente da associação, Sérgio Mena Barreto, acredita que o preço da vacina será menor nas farmácias do que nas clínicas especializadas: “Você tem uma determinada vacina para gripe que custaria na farmácia uns R$ 50, R$ 60. A clínica não está vendendo vacina para o consumidor, está vendendo um serviço, e essa vacina pode custar R$ 180”.
De acordo com a Abrafarma, duas mil farmácias possuem salas e locais para armazenamento adequados às vacinas e esse número será ampliado. O infectologista Jean Gorinchteyn, do Instituto Emílio Ribas, alerta que essa medida deve ser muito bem avaliada em todas as esferas: “Seja na distribuição, estocagem, armazenamento, como ao mesmo tempo na administração desses produtos aos clientes, seja através do inquérito das questões, que vão avaliar a presença de riscos para a obtenção da vacina, e ao mesmo tempo de todos os cuidados para sua aplicação”.
Uma portaria, de agosto de 2000, prevê a vacinação em drogarias, mas, na prática, inviabiliza a atividade, diante das leis de controle sanitário. Para a Agência Nacional de Vigilância Sanitária, é necessário garantir a qualidade do serviço em escala nacional.
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