“Se não tomarmos cuidado, RJ pode ser o Brasil amanhã”, alerta ministro da Defesa

  • Por Jovem Pan
  • 05/01/2017 08h18
Brasília - O ministro da Defesa, Raul Jungmann durante encontro com o presidente do Senado, Renan Calheiros (Marcelo Camargo/Agência Brasil) Marcelo Camargo/Agência Brasil Raul Jungmann

Em entrevista exclusiva ao Jornal da Manhã, o ministro da Defesa, Raul Jungmann, atribuiu à “pilha de prioridades” uma eventual discussão sobre o problema carcerário que o País vive, o que impede uma “antecipação” de casos como o ocorrido em Manaus no dia 1º.

Em comparação ao Estado do Rio de Janeiro, que tem grandes regiões comandadas pelo tráfico, o ministro alertou para uma revisão das políticas que foram tomadas até o momento para conter a violência no País. “Se não tomarmos cuidado, o Rio de Janeiro pode ser o Brasil amanhã”, disse.

Jungmann ressaltou ainda que o crime organizado, inserido na vida política para eleição de nomes fortes para cargos importantes, é o “coração das trevas”. Segundo ele, mais de 1,5 milhão vivem em estado de exceção no Estado. “Se você domina territórios, você tem capacidade de ganhar poder eleitoral”, lembrou.

Ainda na manhã desta quinta-feira (05), o Governo realiza uma reunião do núcleo institucional com os ministérios da Defesa, Justiça e o Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República para a apresentação de um “pré-plano” de segurança voltado a todo o País.

“É um pré-plano porque precisa da assinatura dos governadores. A União tem o papel mais residual do que os Estados, que pegam o grosso dessa questão. Ele vai ser apresentado assim, mas é aquilo que o Governo está pensando para trabalhar nesta área”, explicou o ministro.

Entre as intenções do plano estipulado pelo Governo está o avanço no sistema integrado de fiscalização de fronteiras e a continuidade mais frequente da Operação Ágatha. “Grande modificação é que a operação será contínua, vai acontecer de forma de surpresa e vai se apoiar na inteligência”, destaca.

Confira a entrevista completa com o ministro no Jornal da Manhã:

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