Se situação do país continuar, segundo semestre pode ser ainda pior para varejo

  • Por Jovem Pan
  • 02/03/2016 08h09

Família escolhendo televisões em filial das Casas Bahia em São Paulo. 07/02/2013 

REUTERS/ Nacho Doce Família escolhendo televisões em filial das Casas Bahia em São Paulo; varejo

 Inflação, queda na renda do trabalhador e aumento do desemprego devem continuar prejudicando o varejo em 2016. No ano passado, as vendas do varejo paulista despencaram 5,9%, influenciadas pelas concessionárias de veículos e lojas de departamentos.

Um levantamento da Associação Comercial de São Paulo prevê que o segmento deve cair 7,4% no primeiro semestre deste ano em relação a 2015. O economista-chefe da entidade, Marcel Solimeo, diz a Anderson Costa que, se nada for feito, a crise pode piorar: “Pelo menos até o fim do primeiro semestre a tendência é de baixa, uma baixa maior até do que foi o ano de 2015, e o segundo semestre vai depender muito do que se fizer em relação à crise política e à política fiscal. Se tudo continuar como está, o segundo semestre será ainda pior do que o primeiro”. Solimeo reforça que o crédito mais caro e a desconfiança em relação ao futuro prejudicam as vendas.

O professor da Fundação Getúlio Vargas, Evaldo Alves dá dicas para o comerciante sobreviver nesse período de crise: “Procurar trabalhar com preços menores na medida do possível, porque também tem a questão dos custos que são altos, e opor outro lado criar mecanismos que facilitem essa compra, como parcelamento da dívida ou do preço”. Alves acrescenta que é preciso entender que a economia diminuiu e que isso significa redução no poder de compra das famílias.

No primeiro bimestre deste ano, as vendas já tiveram uma queda média de 13,9% na capital paulista, segundo a Associação Comercial.

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