Sec. de Habitação de SP repudia novas ocupações, e defende reurbanizar antigas

  • Por Jovem Pan
  • 13/12/2016 10h08
Crianças se divertem nos escassos espaços livres da ocupação Prestes Maia (Marcelo Camargo/Agência Brasil) Marcelo Camargo/Agência Brasil Ocupação

Diante do déficit de mais de 6,2 milhões de moradias no País, muito se questiona sobre a política para reverter a situação. Deste número, cerca de um milhão é referente apenas ao Estado de São Paulo. Em entrevista exclusiva ao Jornal da Manhã, o secretário de Habitação do Estado de São Paulo, Rodrigo Garcia, destacou ainda o problema da inadequação das moradias.

“Além do problema do déficit, tem a inadequação. O Brasil talvez seja um dos poucos países do mundo que quadruplicou a sua população em um período de 60 anos. Isso justifica o desarranjo que ocorreu nas cidades brasileiras”, disse.

Em São Paulo já são ao menos três milhões de moradias inadequadas – entre invasões, ocupações irregulares entre outros. O secretário defendeu que algumas destas invasões, que já estão nos locais por décadas, sejam “regularizadas” e, portanto reurbanizadas. “Existem determinadas ocupações feitas em um passado distante que hoje é muito mais barato você reurbanizar do que fazer remoção. Mas isso não pode servir de estímulo para novas ocupações. Ocupações novas não devem ser toleradas”, esclareceu.

Sobre as filas para a participação em programas de habitação, como o “Casa Paulista” ou o CDHU, Rodrigo Garcia destacou a atenção para o sorteio de quem tem necessidade do programa: “a gente fica atento. As áreas invadidas por movimentos organizados devem ir para o fim da fila”.

“Não podemos usar um movimento para furar fila. Eu sempre me pergunto sobre a diferença entre o José que consegue mais rápido e participa de movimentos e o José que cumpre as regras e aguarda na fila”, ponderou.

Confira a entrevista completa:

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