Secretário volta a negar participação em desvios de verbas do Teatro Municipal
Secretário de Comunicação da Prefeitura de São Paulo, Nunzio Briguglio Filho, rebateu delatores e negou participação em desvios de verbas do Teatro Municipal.
Segundo ele, as licitações para realização de filmes sobre a instituição foram feitas pelo Instituto Brasileiro de Gestão Cultural, responsável pela administração do local, e não pela Secretaria Municipal de Comunicação.
Os contratos estão sob investigação do Ministério Público Estadual. O material feito pela produtora Olhar Imaginário, do cineasta Toni Venturi, foi finalizado e entregue à Prefeitura de São Paulo há cerca de um ano.
Na época, a gestão municipal engavetou os vídeos, mas manteve a realização dos pagamentos aos responsáveis pelo projeto.
Nunzio Brigulio Filho afirmou que a decisão de não divulgar a campanha foi dos diretores da Fundação Teatro Municipal, José Luis Herencia e Paulo Dallari.
Na última quarta-feira (31), o secretário foi citado por Herência e pelo ex-presidente do Instituto Brasileiro de Gestão Cultura, Willian Nacked, em depoimentos na CPI que investiga o caso na Câmara Municipal.
Nunzio Brigulio, que foi apontado pelos delatores como suposto líder de um esquema de desvios de verbas, contestou as denúncias e afirmou que os dois acusadores são réus confessos.
Segundo ele, os dois estariam assacando injúrias para justificar acordos de delação premiada, em troca de amenização das penas.
Após a sessão de quarta-feira, a Polícia Federal atendeu a um pedido dos vereadores e determinou o maestro John Neschling que entregue o passaporte.
O diretor artístico do Teatro Municipal, que responde a inquérito no Ministério Público Estadual, foi convocado a prestar depoimento na CPI, mas não compareceu à sessão. Segundo a Polícia Federal, os advogados do maestro receberam a intimação, mas tentarão reverter a medida judicialmente.
*Informações do repórter Victor Brown
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