Senado admite epidemia de doenças provocadas pelo Aedes aegypti no país

  • Por Jovem Pan
  • 26/02/2016 15h32
EFE/Jeffrey Arguedas mosquito da dengue

 O ministro da saúde e representantes da Fiocruz admitem em sessão aberta no Senado que o Brasil vive um epidemia séria de chikungunya, vírus zika e dengue.

O vice-presidente da Fiocruz, Valcler Rangel Fernandes, alerta que a microcefalia está sendo tratada como zika congênita e adianta que se outras complicações surgirem não será surpresa. Ele também afirma que existem mais perguntas do que respostas sobre a epidemia.

O presidente do Senado, Renan Calheiros, considera que há um alinhamento para combater o Aedes aegypti: “Uma sessão temática muito importante proposta pelo senador Lasier (Martins) onde nós deveremos definitivamente inserir o Senado Federal nessa dramática discussão que mobiliza de norte a sul o Brasil”.

O ministro da saúde, Marcelo Castro, não quis falar sobre a guerra perdida contra o mosquito, mas garante que não vão faltar esforços e recursos para combater o vetor da epidemia: “Não faltarão recursos. Evidentemente que recursos públicos em qualquer época deverão ser usados com parcimônia, zelo e cuidado. No momento em que estamos vivendo, de recessão econômica, restrição orçamentária, precisa de cuidado redobrado, mas não faltarão recursos para o combate ao Aedes aegypti e as doenças por ele transmitidas”.

A obstetra Adriana Melo, de Campina Grande na Paraíba, foi a primeira a relacionar o vírus zika com a má-formação do cérebro de crianças afetadas, e ela falou que a essa tragédia despertou outra: a da pobreza e das condições sanitárias do País.

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