Senador alega que PMDB não quer “segurar a alça do caixão sozinho”

  • Por Jovem Pan
  • 04/03/2016 11h57
Waldemir Barreto / Agência Senado Aloysio Nunes

 O senador Aloysio Nunes (PSDB-SP), em entrevista à Jovem Pan, falou que nesta quinta-feira (03/03) houve uma reunião entre os principais partidos de oposição com o objetivo de acrescentar ao processo de impeachment, as revelações do depoimento de Delcídio Amaral: “Temos outras evidências de crime de responsabilidade. É mais uma prova que Dilma ao invés de ter velado pela administração, ela a entregou aos interesses mais baixos de seu partido e seus aliados”.

Nunes chama a atenção para o fato de uma possível ruptura ainda maior entre PT e PSDB: “O PMDB é o partido majoritário, o partido do vice-presidente e viu que o próprio PT caiu fora do governo Dilma politicamente e pode ficar aí segurando a alça do caixão sozinho, com prejuízos políticos e eleitorais imensos. Já começo a ver conversas com líderes do PMDB para que seja possível o impeachment, que seria uma solução viável, ao alcance do Congresso”.

O senador afirma que durante o processo de impeachment, que poderia durar cerca de dois anos, seria formado um governo de coalização com representantes da oposição e aliados do governo. Da mesma forma, o processo de cassação de chapa também pode ser demorado.

Aloysio Nunes afirma que, a única forma de resolver a situação rapidamente, seria se Dilma renunciasse, algo que ele não acredita que vai acontecer: “Uma solução imediata é renunciar. Mas pelas atitudes que ela está tomando, parece uma pessoa desvinculada da realidade, um isolamento por conta de seu próprio partido, o que agrava essa situação. É uma pessoa que está no mundo da lua”.

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