Serviço de delivery se diversifica e é aposta para driblar a crise

  • Por Jovem Pan
  • 16/11/2015 12h36
Reprodução Aplicativo te arranja a desculpa perfeita

 Uma prática cada vez mais querida dos brasileiros também está salvando empresas em tempos de crise. O delivery é democrático: ajuda desde um quiosque de tapiocas na Avenida Paulista até uma grande rede de franquias de paletas mexicanas, o picolé gourmet do momento.

O sócio fundador da paranaense Los Paleteros, Gean Chu, diz que as vendas cresceram 10% nos primeiros 3 meses, mas ele enxerga um futuro promissor para a entrega em casa: “O Brasil é um país onde o delivery ultrapassou a barreira da pizza. Hoje temos delivery de tudo, remédio, flores, cerveja, mas para sorvete ainda não existem muitas opções. Ao mesmo tempo que é uma boa oportunidade, é também um desafio bastante grande. Vai levar um tempo para funcionar e no curto prazo não trará grandes resultados, mas pouco a pouco a gente começa a criar o costume nos consumidores, de lembrar que existe a possiblidade de pedir aquele sorvete que eles gostam tanto em casa”.

Segundo o presidente da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes, Percival Maricato, a grande sacada é que comer em casa sai mais barato para o cliente e para o estabelecimento também: “Existem várias vantagens para o consumidor como o conforto, não ter que sair em uma cidade em que 77% da população tem medo de andar pelas ruas à noite, o preço é menor apesar da taxa de entrega e da embalagem. Não se usa mesa, espaço, toalha, garçom e tudo isso também é custo”.

Mas o ideal é que o serviço de entrega em casa não seja uma iniciativa impulsiva do empresário, mas uma alternativa que faça parte do plano de negócios do restaurante. A consultora do Sebrae São Paulo, Juliana Berbert adverte que oferecer o delivery vai muito além de contratar um motoboy: “Envolve escolher uma embalagem ideal para o seu produto, um programa que funcione para fazer a captação dos pedidos, ter uma logística dentro do seu espaço físico que permita a montagem desses pratos. O ideal seria que tudo fosse planejando mas, quando não é, eles acabam fazendo uma adaptação. A gente vê que a internet e os aplicativos minimizam o investimento que tem que fazer para implementar o negócio”.

E quem teria mais know-how em entregas do que as pizzarias? Que, inclusive, estão alçando voos muito mais ousados e sofisticados.
O vice-presidente da Associação Pizzarias Unidas, Carlos Zoppeti, garante que as vendas de qualquer negócio pode aumentar até 30% quando se coloca a tecnologia à seu favor: “As empesas de software também tem investido no sistema de customizar para o cliente, estudar o seu comportamento, se a compra é de final de semana, se é no meio da semana, trazem informações de datas comemorativas da família, para que, com esses dados, você faça uma comunicação e ofereça serviços naquela data especial”.

E falando no futuro, é bom lembrar que uma pizzaria de Santo André, na Grande São Paulo, ousou ao entregar uma pizza de pepperoni com drones no ano passado. Ideia, aliás, inspirada em experiências internacionais, como a da loja americana Amazon, que prepara um sistema de entrega de produtos feito pela pequena aeronave não tripulada. Eles querem derrubar o prazo de espera para 30 minutos.

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