Sindicalista crê que fórmula 85/95 cria melhor condição ao sistema; economista diverge

  • Por Jovem Pan
  • 21/05/2016 11h32
Jovem Pan Debate Jovem Pan

Em debate na Jovem Pan, nesta sexta-feira (20), sindicalista e economista divergiram sobre a idade mínima para a aposentadoria no Brasil. O presidente do Sindicato dos Aposentados defendeu a ampla auditoria para cortar desvios de recursos, aposentadorias indevidas e desonerações.

João Batista Vicentini, ligado à Força Sindical, lembrou que esses fatores, hoje, reforçam o rombo da Previdência.

O sindicalista considerou que a fórmula atual 85/95, que chegará a 90/100 até 2026, criaria uma condição financeira melhor para o sistema. “Eu defendo muito o fator 90/100 e, com a chegada de 2026, acaba o fator previdenciário. Só mantém o 90/110 e, se aplicada dali para frente a expectativa de vida. Seria o justo e o correto. Se chegar em 2040 com 67 anos, porque a expectativa d evida é grande”, disse.

Já o economista Hélio Zylberstajn classificou como imprescindível a idade mínima para que haja o reequilíbrio das finanças, principal responsável pelo déficit fiscal.

Falando a Denise Campos de Toledo, o professor da FEA defendeu critérios diferenciados de correção do piso da aposentadoria e do salário mínimo. “Quem já está aposentado ou mesmo que não esteja, mas já adquiriu o direito da aposentadoria, isso não se discute. Eu implantaria a idade mínima com prazo bem elástico de três, 5 anos. Durante cinco anos não se mexe em nada”, explicou.

O quase meio trilhão de reais que o INSS pagará este ano a aposentados e pensionistas equivale a aproximadamente 8% do PIB. A proporção é igual a de muitos países ricos com população mais madura que a brasileira.

Confira a íntegra do debate abaixo:

Comentários

Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.