Sistema penitenciário: apenas um Estado não registrou casos de homicídio em 2016

  • Por Jovem Pan
  • 06/01/2017 06h31
Acompaña crónica BRASIL CÁRCELES / BRA01. RÍO DE JANEIRO (BRASIL), 25/05/16.- Fotografía del 13 de abril de 2016 de reclusos pertenecientes a una de las principales facciones criminales de Río de Janeiro que cumplen condena en el presidio de máxima seguridad Laércio da Costa Pellegrino, conocido como Bangú 1, en el que los reos cumplen períodos de aislamiento por causas disciplinarias. La muerte de 18 presos en motines en cárceles del noreste de Brasil es el último capítulo de la historia negra del sistema penitenciario del país, marcado por la violencia, el hacinamiento y la incapacidad de las autoridades para atajar el problema. EFE/ Antonio Lacerda. EFE/Antonio Lacerda Facções criminais cariocas presas no presídio de segurança máxima de Bangu 1

Em meio ao caos no sistema penitenciário, somente um Estado não registrou casos de homicídios em 2016. O Espírito Santo é o único Estado do País onde nenhum detento foi assassinado no sistema prisional em 2016.

O Estado destoa da realidade brasileira, que convive com a morte de um preso por dia.

Levantamento feito com base em dados dos governos estaduais aponta que morreram no ano passado pelo menos 372 pessoas dentro das cadeias.

O ranking é liderado pelos Estados do Ceará, Pernambuco e Rio Grande do Norte, todos na região Nordeste do País.

O Amazonas, palco da tragédia do último fim de semana, tinha registrado dez mortes de presos ao longo de todo o ano passado.

O secretário de Justiça do Espírito Santo, Wallace Pontes, explicou porque o Estado não registra nenhuma morte nas unidades prisionais há dois anos. “As rebeliões tem em sua essência um ambiente prisional onde a legislação não é executada plenamente. Se você tiver um sistema onde você oferece saúde, educação, alimentação, qualificação profissional, que você atenda os comandos legais, a tendência é que o sistema fique mais pacificado”, disse.

A última rebelião em uma unidade prisional no Espírito Santo foi registrada no ano de 2013.

O Estado possui 19. 600 presos espalhados em 35 presídios, com um déficit de 5.700 vagas.

O secretário Wallace Pontes ressaltaou que além da criação de mais unidades, é necessário se qualificar as prisões. “A solução não passa exclusivamente pela ampliação do número de vagas. É preciso que se qualifique a entrada e saída dentro do sistema prisional”, afirmou.

Wallace Pontes entende que a responsabilidade do Estado com o preso continua mesmo depois que ele deixa a cadeia com a qualificação do egresso.

*Informações do repórter Anderson Costa

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