Somente 10% do óleo de cozinha é reciclado em São Paulo

  • Por Jovem Pan
  • 13/07/2016 08h07
Reprodução óleo de cozinha

Apenas 10 por cento do óleo de cozinha são reciclados em São Paulo, e descarte irregular prejudica encanamentos e gera gastos com manutenção.

Um levantamento da Sabesp indica que o problema está concentrado em áreas de restaurantes na capital paulista. A região da Sé, por exemplo, aparece como a campeã de reparos nas redes de esgoto: foram 185 atendimentos no último ano.

Depois do centro, os estabelecimentos que mais descartam óleo de forma irregular estão nos bairros de São Mateus e Vila Prudente, na zona Leste.

A Prefeitura de São Paulo obriga os restaurantes a ter uma caixa de gordura instalada, mas não tem nenhuma punição para os infratores.

A gestora do sistema de esgotos da Diretoria Metropolitana da Sabesp, Valeria Monte Alegre Ângeli, disse que o produto é um dos mais prejudiciais: “ele obstrui o nosso sistema e impede que o fluxo de esgoto seja encaminhado até a estação de tratamento. A gordura do óleo, depois que esfria, forma placas”.

Ângeli acrescentou ainda que o poder público precisa criar cada vez mais pontos de descarte do óleo de cozinha.

O professor de economia ambiental da USP, Sabetai Calderoni, explicou a Thiago Uberreich que o produto é altamente poluente: “se você considerar que um litro de óleo de cozinha, consegue poluir um milhão de litros da água do rio, você vai ver que não tem condições de isso acontecer na cidade”

De acordo com o professor Sabetai Calderini, com o óleo de cozinha é possível produzir biodiesel e até sabão. Em São Paulo, existem cooperativas especializadas em reciclagem, enquanto poucos condomínios residenciais adotam a prática.

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