SP considera abrigar 15 mil táxis pretos; mercado será disputado com apps

  • Por Jovem Pan
  • 02/01/2016 12h07
SÃO PAULO, SP, 08.10.2015: UBER-SP - Manifestantes protestam em frente à Prefeitura de São Paulo, no centro, nesta quinta-feira - O prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), permitirá o uso do aplicativo Uber na cidade de São Paulo. Para a atividade ser regulamentada, será criada uma nova categoria de táxi conhecida como "Táxi por aplicativo". (Foto: Cris Faga/Fox Press Photo/Folhapress) Folhapress táxi

A Prefeitura considera que São Paulo possa abrigar mais 15 mil carros de transporte de passageiros, mercado a ser disputado por aplicativos como Uber. Atualmente, a capital conta com 34 mil táxis circulando e 50 mil motoristas habilitados com o Condutaxi, uma autorização municipal.

Após sancionar uma lei proibindo o modelo americano, em outubro, o prefeito Fernando Haddad abriu, em dezembro, uma consulta para liberar os aplicativos.

O coordenador do grupo para a Regulação do Uso do Viário Urbano, Ciro Biderman, desaconselhou brigar com a tecnologia. “A Prefeitura, o Executivo em geral tem que ficar em nível com as empresas inovadoras”, disse.

A Prefeitura promete um convívio entre os táxis e os novos modelos de transporte por causa da existência de um mercado promissor para todos. O presidente da São Paulo Negócios, Rodrigo Pirajá, confia na atratividade econômica do recém criado táxi preto municipal. “A Prefeitura se antecipou e dotou o sistema de táxi, de toda a tecnologia e qualidade de serviço justamente para operar numa nova realidade econômica. Então, o táxi preto permanece com toda sua atratividade (…) O sistema de táxi preto ainda é extremamente vantajoso”, explicou.

A cidade de SP não pretende impor limites sobre as empresas que se habilitarem para comprar créditos, para depois negociar com os motoristas dos aplicativos. A proposta municipal também prevê a carona solidária, que recebe o apoio do vereador do PSD, José Police Neto.

“O que a gente tem que incentivar é que tem mais gente dentro do carro. Não é vender rua. As autoridades falaram em 1,4 passageiros por carro. A gente não consegue quase encontrar na rua carros com mais de uma pessoa. O que o Executivo está tentando mostrar é uma regra, que se colocar mais gente dentro do carro tem benefício, se não colocar, não tem benefício”, disse.

O novo modelo de deslocamento com aplicativos de transporte não terá um limite em relação ao volume de carros, mas espera-se pelo menos 5 mil novos. Os taxistas protestam pela abertura de mercado ao Uber, alegando uma forma de concorrência desleal, e prometem manifestações pela capital paulista.

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