SSP não vê ligação entre chacinas nem indícios de participação policial
A polícia está na fase inicial das investigações que apuram as circunstâncias de uma das noites mais violentas do ano na cidade de São Paulo. O secretário da Segurança Pública diz que não há indícios que liguem as duas chacinas que deixaram nove mortos na capital paulista.
São Paulo viveu um período extremamente violento entre a noite de terça-feira e a madrugada de quarta (5). Duas matanças, com pouca diferença de tempo entre elas, atingiram a Zona Norte e a Zona Sul de São Paulo.
Na região do Jaçanã, homens numa motocicleta pararam em frente a um bar, invadiram o comércio e balearam clientes e funcionários. Seis pessoas morreram e outras três ficaram feridas neste caso.
Do outro lado da cidade, na região do Campo Limpo, três pessoas foram assassinadas e uma ficou ferida quando andavam pela rua. Neste caso, os agressores também estavam numa moto; apesar disso, a polícia não relaciona os casos.
O secretário da segurança, Mágino Alves Barbosa Filho, diz que um indício para essa hipótese é a diversidade de calibres das armas. Nos cenários foram encontradas cápsulas de calibres .45 (no Jaçanã), .380 e 9 mm (estas duas no Campo Limpo).
A Jovem Pan havia informado anteriormente que dez pessoas tinham morrido em função das duas chacinas. Esse número foi indicado pela Polícia Militar, mas o secretário da segurança reafirmou que se tratam de nove vítimas em óbito.
Mágino Alves Barbosa Filho disse ainda que, por enquanto, não há indícios da participação de agentes públicos nesses crimes. Os calibres utilizados não são os das armas portadas pela Polícia Militar, diz o secretário. “Agora, qualquer vertente de investigação será analisada”, ressalta.
Os dois casos são investigados pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa. As apurações estão na fase inicial e a polícia tenta ouvir vizinhos dois locais dos crimes e os sobreviventes dos ataques.
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