STF deve redistribuir processos da Lava Jato para outros ministros
O ministro Edson Fachin, relator da Lava Jato, vai pedir a redistribuição para outros ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) de cerca de 40% dos novos inquéritos abertos a partir da delação premiada de ex-executivos da Odebrecht.
Os casos que sairão do gabinete de Fachin não têm relação direta com a Petrobras, e tratam de outros episódios de corrupção relatados pelos delatores da empreiteira.
A redistribuição será feita por sorteio. Outros ministros já se p reparam para receber os inquéritos e também cogitam montar forças-tarefas em seus gabinetes só para cuidar dos casos decorrentes da Odebrecht.
O ministro Marco Aurélio Melo, ao chegar ao STF, afirmou que vê com bom olhos a redistribuição dos processos. Para ele, a concentração de processos pode ser ruim. “Se houver base, se realmente não tivermos inquéritos a partir de fatos idênticos ligados à Petrobras, vejo com bons olhos a distribuição, porque toda concentração é perniciosa”, disse.
No plenário do Senado, o senador Renan Calheiros criticou a forma como vem sendo conduzida a Lava jato. Na semana passada, Fachin abriu 76 inquéritos decorrentes das delações da Odebrecht, a pedido do procurador-geral da República, Rodrigo Janot. Muitos desses casos sairiam do âmbito da Lava-Jato por falta de ligação direta com o escândalo. Exemplo disso é o pagamento de propina na construção de estádios.
Ouça AQUI a matéria completa do repórter Jovem Pan em Brasília Arthur Scotti.
Na última terça-feira (18), a colunista Vera Magalhães já havia informado detalhes sobre a força-tarefa no STF para agilizar o julgamento dos processos da Lava Jato, que inclui o uso de mais juízes auxiliares, a maior frequência de reuniões da Segunda Turma, onde está o relator Fachin, a redistribuição e o julgamento sobre eventuais mudanças no foro privilegiado em maio.
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