Superada interinidade, teremos Temer com “posição diferente”, avalia Padilha

  • Por Jovem Pan
  • 23/08/2016 07h44
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Brasília - O ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, fala à imprensa no Palácio do Planalto, após segunda rodada de reuniões do governo com representantes de centrais sindicais (Valter Campanato/Agência Brasil) Eliseu Padilha

A poucos dias do início da fase final do julgamento contra a presidente afastada Dilma Rousseff, o ministro-chefe da Casa Civil afirmou, em entrevista exclusiva ao Jornal da Manhã, da rádio Jovem Pan, que a interinidade não impede que Michel Temer governe.

Para Eliseu Padilha, a interinidade existe, mas Michel Temer “governa como se fosse até o último dia do mandato”. Ele, no entanto, ponderou que há a sensibilidade política de conversar com agentes políticos e com o mercado enquanto há a “interrogação com a interinidade”.

“Depois de superada a interinidade, se o Senado entender que deva ser superada, vamos ter o presidente Michel Temer com posição diferente. Não se pense que a questão brasileira está resolvida, porque não está”, disse o ministro.

Eliseu Padilha ressaltou dois problemas que são “intransferíveis”: a contenção da dívida pública e o sistema presidencial, que pode comprometer o PIB.

O presidente interino Michel Temer já afirmou que não será candidato á presidência em 2018, e Elise Padilha reiterou a palavra do peemedebista: “ele tem sido enfático em dizer que não é candidato à reeleição. Que a missão dele é colocar o Brasil d evolta nos trilhos do desenvolvimento e, de preferência, acelerar isso. Cumprida essa missão, diz o presidente, pode voltar para casa com a sensação de dever cumprido”.

Questões sociais

Eliseu Padilha defendeu o Governo Temer no que tange as questões sociais e destacou a aprovação pela Câmara, na noite desta segunda-feira (22), a prorrogação do programa “Mais Médicos” por três anos.

“Este é um programa eminentemente social e estamos renovando. No Bolsa-Família, o presidente deu auemtno de 12,5%. Isso coloca no pratinho do trabalhador um pouco mais de comida, um pouco mais de proteína”, defendeu o ministro.

Sobre a questão fundiária da reforma agrária, Padilha apontou a delicadeza do assunto. “Temos um quadro com 977 mil famílias assentadas. 88 milhões de hectares desapropriados, mas não temos a titulação correspondente a nem 10% desta população (…) Temos centenas de milhares de pessoas que ainda moram debaixo da lona preta”, disse.

Segundo o ministro, o presidente interino Michel Temer contraria tais ditames e está promovendo um estudo para levar o programa “Minha Casa, Minha Vida” aos assentamentos de reforma agrária. “Vamos cuidar da regularização fundiária. A meta do presidente Michel é colocar 250 mil títulos”, destacou, sem deixar de dizer que o número é superior ao obtido nos últimos 13 anos durante a getsão petista.

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