Superbactérias são tema de reunião de especialistas em Saúde no G20

  • Por Jovem Pan
  • 28/02/2017 07h03
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Reprodução medicina

Especialistas em saúde do G20 vão se reunir em Berlim nesta semana para encontrar soluções de combate às chamadas superbactérias, que resistem à ação de antibióticos.

A Organização Mundial da Saúde publicou ontem a primeira lista de “agentes patogênicos prioritários”; um catálogo de 12 famílias de bactérias que representam a maior ameaça para a saúde humana.

Os pesquisadores ainda não sabem dizer o número de pessoas potencialmente afetadas, mas garantem que o índice de letalidade pode chegar a 70%.

Em um comunicado à imprensa internacional, a coordenadora de resistência microbiana da OMS, Carmem Pessoa da Silva, admitiu que o potencial de contágio é alto.

No relatório, a organização classifica as superbactérias em três grupos. As que pertencem à prioridade “1” são as mais críticas e, portanto, precisam de respostas mais urgentes.

Segundo a diretora geral de Sistemas de Saúde e Inovação da OMS, Marie-Paule Kieny, uma vez identificados os inimigos, é preciso criar armas para combatê-los no futuro.

Segundo o supervisor médico do ambulatório do Hospital Emílio Ribas, em São Paulo, a questão é agravada pela queda drástica de novos antibióticos lançados pela indústria farmacêutica nas últimas décadas.

Francisco Ivanildo de Oliveira Junior atribuiu parte do problema ao mau uso dos medicamentos pela população, que interrompe o tratamento antes do indicado, por exemplo. Mas não para por aí. “Existe um grande uso de antibióticos fora do uso humano”, alertou.

As infecções hospitalares e as que atuam principalmente no intestino de pessoas idosas ou imunodeprimidas são as principais vilãs das autoridades em saúde.

Um estudo de 2009 estimou que as bactérias resistentes aos fármacos foram responsáveis por 25 mil mortes na Europa anualmente.

*Informações da repórter Carolina Ercolin

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