SUS conta com novo equipamento de ponta para detecção do Alzheimer

  • Por Jovem Pan
  • 28/04/2016 13h03
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Brasil, São Paulo, SP. 26/12/2007. Fachada do Hospital das Clínicas, na Av. Dr. Enéas de Carvalho Aguiar, zona sul de São Paulo, um dia após incêndio ocorrido em suas dependências, na noite de Natal. - Crédito:ALEX SILVA/ESTADÃO CONTEÚDO/AE/Codigo imagem:43677 ALEX SILVA / ESTADÃO CONTEÚDO Hospital das Clínicas

 Um novo equipamento do SUS faz, de uma só vez, exames de tomografia e ressonâncias magnéticas, o que pode ajudar médicos brasileiros a descobrir tratamentos e antecipar diagnósticos de doenças oncológicas, como o câncer de fígado, e doenças neurodegenerativas, tão misteriosas quanto devastadoras em todo o mundo, como por exemplo, o Alzheimer.

O diretor da Divisão de Imagem Molecular e Medicina Nuclear do Instituto de Radiologia do Hospital das Clínicas, Carlos Buchpiguel, afirma que será possível fazer testes com novos medicamentos para a doença degenerativa: “Estamos produzindo na Universidade de São Paulo um biomarcador que detecta a presença de uma proteína normal que é uma característica da demência do Alzheimer. É uma alteração muito precoce que acontece com os pacientes. Associando a ressonância, com todas as sequências funcionais que tem, e esse biomarcador no PET, a gente acredita que consegue um diagnóstico mais precoce e mas preciso dessa enfermidade. Vamos testar com esse biomarcador novas drogas que estão sendo investigadas, em fase de pesquisa clínica, no sentido de avaliar se elas podem retardar a evolução ou mesmo curar a doença, que hoje é incurável”.

O Alzheimer é um tipo de demência progressiva que destrói a memória e outras funções mentais importantes. Estima-se que existam no mundo cerca de 35 milhões de pessoas com a doença.

O equipamento, primeiro do SUS e segundo do Brasil, colocará o país em um patamar mais competitivo de pesquisa, admite o presidente do Conselho Diretor do Inrad, Giovanni Guido Cerri: “Isso faz com que nossa edição se iguale a grandes centros de pesquisa internacionais que estudam câncer e doenças neurodegenerativas”.

O PET/RM, que custou R$ 10 milhões à Faculdade de Medicina da USP, está instalado no Instituto de Radiologia do Hospital das Clínicas e será usado por pacientes do sistema público de saúde.

Informações: Carolina Ercolin

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