Táxi de luxo deve ser o mais prejudicado pelas novas regras em SP

  • Por Jovem Pan
  • 25/08/2016 08h55
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Paulo Pinto / Fotos Públicas Táxis no Centro de São Paulo

No primeiro dia das novas regras, taxistas de luxo lamentam a unificação da tarifa, agora em R$ 4,50, para todas as categorias que circulam em São Paulo.

Pra eles, até o começo da semana, a bandeirada inicial saía por R$ 6,75, ou seja: 50% mais cara que a cobrada pelo serviço comum, o que garantia a cobertura dos custos adicionais como carro novo, banco de couro e até blindagem.

Mas outras mudanças incomodam os motoristas profissionais. A partir desta quarta-feira (24) a cobrança da bandeira 2 virou opcional. O acréscimo de 50% na corrida quando havia mudança de cidade também foi extinta.

Segundo a Prefeitura, as adequações promovem a competitividade frente à nova realidade do transporte individual que tem o Uber como pivô.

Mas de acordo com Antonio Ultremane, que trabalha há 20 anos com táxi luxo, a mudança ameaça o serviço diferenciado usado especialmente por empresários e turistas: “você é um carro desse aqui, na cidade, ele não faz mais que 6km com um litro de gasolina. Com essa tarifa, como você vai manter? Não vai fechar as contas”.

Na contramão do tom crítico, José Ezequiel prevê dias melhores.

O motorista de taxi preto, que não tem ponto fixo nem os benefícios do branco, mas era obrigado a cobrar a bandeirada da categoria luxo, acredita que o novo preço vai atrair, enfim, clientes: “o difícil é conseguir o passageiro. Muitos que a gente consegue termina dando desconto”.

Nesta quarta-feira também foi dia de correr atrás das novas tabelas de preço já que nenhum taxímetro foi adaptado às tarifas ainda.

Cada atualização do equipamento, aliás, custará mais R$ 300.

*Informações da repórter Carolina Ercolin

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