Tecnologia é aliada para combater “piratas do asfalto” nas rodovias brasileiras
Investimento em tecnologia é necessário para aumentar a segurança nas rodovias brasileiras. A preocupação veio à tona após acidente com um ônibus de sacoleiros que matou 11 pessoas na madrugada do sábado (9), no interior do Paraná. Durante uma tentativa de assalto, o motorista perdeu o controle do veículo, que bateu em duas árvores quando seguia do interior paulista para o Paraguai.
O policial rodoviário Fernando Oliveira afirma que a utilização de armamento pesado pelos criminosos é comum nesse tipo de ataque: “Os bandidos emparelham o carro com o veículo que é alvo do crime, exibem armamento já intimidando o motorista para que pare o veículo ou, às vezes, também acontece que eles efetuam disparos em direção ao veículo no caso do motorista demorar para atender a ordem de parada dos assaltantes”.
Para as autoridades de segurança do Paraná, não é novidade a atuação dos assaltantes, que já ganharam o apelido de “Piratas do Asfalto”. O delegado titular de Mamborê, João Paulo Lauandos, diz a Victor LaRegina que os criminosos visam os turistas pela grande quantidade de dinheiro: “Até principalmente antes dessas compras, quando os turistas ainda estão com dinheiro, eles interceptam os ônibus, efetuam disparos, mantêm passageiros como reféns e normalmente se valem de uma ação truculenta, com muita agressividade com os passageiros”. A Polícia Rodoviária Federal recomenda que os sacoleiros não carreguem dinheiro em espécie em viagens ao país vizinho.
Mas o coronel da reserva Marcos Chaves, especialista em segurança, avalia que a questão só pode ser resolvida com o uso da tecnologia: “Nós não precisamos instalar câmeras em todas as estradas. O que nós precisamos é detectar que o veículo ainda está em trânsito por aquela estrada, que deu entrada, em que momento aconteceu uma anormalidade nessa trajetória e nós podemos muito bem ter intervenção de uma viatura policial ou de qualquer outra situação”.
Segundo a Agência Nacional de Transportes Terrestres, o ônibus tinha registro, mas não poderia fazer esse tipo de viagem. Ao todo, 11 pessoas morreram e 23 ficaram feridas. Até a noite de domingo (10), nenhum suspeito de ligação com o ataque ao veículo havia sido detido.
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