Tendência é reforçar policiamento na região da Av. Paulista, afirma secretário de segurança
O programa “Os Pingos nos Is” desta quarta-feira (23) abordou o problema dos moradores de rua na cidade de São Paulo. Uma pesquisa, feita em parceria entre a FIPE/USP (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas) e a Prefeitura de São Paulo, mostrou que na capital paulista há, em 2015, 15.905 moradores de rua. Em 2000, por exemplo, eram 8.706.
Mais da metade desses moradores de rua (52%) está na Subprefeitura da Sé, região a qual pertence a Paulista. Em um intervalo de 15 anos, a população de rua cresceu 82%. É como se, a cada três dias, a cidade recebesse quatro moradores nessas condições. Já a quantidade total de habitantes na capital paulista cresceu menos de 1% entre 2000 e 2010, e 2,9% nos últimos cinco anos.
Em resposta ao parecer apresentado por Reinaldo Azevedo no programa, o secretário de Segurança Pública do Estado de SP, Alexandre de Moraes afirmou que o problema é uma “uma questão de ausência de moradia, de saúde pública e não apenas uma questão de segurança pública”.
Questionado sobre a abordagem que pedestres sofrem pelos moradores de rua, com certa frequência, mais especificamente na Avenida Paulista, o secretário ressaltou a importância de um reforço no policiamento. “Não é uma questão higienista. A questão é que ninguém pode ficar em um local, furtando as pessoas”, disse em relação aos furtos e assaltos que as pessoas acabam sofrendo na região.
Reinaldo Azevedo chegou a questioná-lo a respeito do aumento em tais abordagens, que em alguns casos são feitos por crianças, ao que este respondeu que é necessário o aumento do policiamento ostensivo. Alexandre de Moraes destacou ainda a diminuição no número de furtos e roubos na região.
“Números não são tudo, mas é importante falar que nesses 8 meses do ano, até agosto, na região da Avenida Paulista, foram 344 roubos a menos. Estávamos com situação bem pior. Houve um decréscimo de 24% nos roubos. A mesma coisa com pequenos furtos. Foram 630 furtos a menos, cerca de 15%. Vamos melhorar, vamos ampliar [o mapeamento e policiamento]”, explicou.
O secretário confirmou ainda que já determinou que a Polícia Militar reforce o local e que a Polícia Civil verifique o motivo pelo qual estas abordagens estão ocorrendo. “A tendência nessa região é reforçar, ver o que podemos aperfeiçoar, para que as pessoas tenham o direito de transitar, trabalhar, frequentar a Paulista, irem tranquilamente sem serem furtadas, roubadas ou abordadas”, finalizou.
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