Tensão no Planalto: Revelações da Odebrecht sacodem o mundo político

  • Por Jovem Pan
  • 06/03/2017 20h38
Agência EFE Fachada da Odebrecht - EFE

No 3 em 1 desta segunda-feira, 6, o principal debate girou em torno dos depoimentos da Odebrecht. O Tribunal Superior Eleitoral ouviu o ex-vice-presidente de Relações Institucionais da empreiteira, Cláudio Melo Filho e os ex-diretores Alexandrino Alencar e Hilberto Mascarenhas, em processo que pede a cassação da chapa Dilma-Temer de 2014. 

O presidente Michel Temer já estaria estudando uma maneira de anular os depoimentos feitos na semana passada, de Marcelo Odebrecht, Benedicto Júnior e Fernando Reis. A defesa do peemedebista alega que as convocações dos executivos tiveram como base uma “prova ilícita”, que foi o vazamento da delação premiada de Cláudio Melo Filho. Diante dos relatos feitos ao TSE, o relator da ação, ministro Herman Benjamin, sugeriu que há uma apropriação do setor público pelo poder privado. O presidente do TSE, ministro Gilmar Mendes, afirmou que o país vive um “descalabro”. 

Outro depoimento que gerou debate no 3 em 1 foi o do executivo da Odebrecht, Fernando Sampaio Barbosa, tomado pelo juiz Sérgio Moro, em Curitiba. O empresário confirmou que o codinome “italiano”, que apareceu em listas de propina da empreiteira, refere-se ao ex-ministro Antonio Palocci. 

Vera Magalhães acredita que o depoimento de Fernando Barbosa indica que a Lava Jato tem provas contra Antonio Palocci, que segue preso preventivamente. Carlos Andreazza levantou a polêmica sobre o cumprimento de pena de executivos que firmaram acordo de delação premiada antes da condenação. Marcelo Madureira acredita que o clamor público pode evitar uma tentativa de acabar com a Lava Jato. 

Assista ao debate completo no 3 em 1:

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