Tramitação da reforma trabalhista no Senado será atrasada
O Governo esperava finalizar a votação da Reforma Trabalhista no Senado ainda no mês de junho. Mas após a derrota na Comissão de Assuntos Sociais, o calendário foi alterado.
Depois que o senador Romero Juca, do PMDB, leu o relatório na Comissão de Constituição e Justiça, foi firmado um acordo entre a base e a oposição: na próxima terça-feira (27), o dia será dedicado a duas audiências públicas para debater o tema. Na quarta-feira (28), o dia será dedicado à discussão, a apresentação dos votos em separado, encaminhamentos e, por fim, à votação da Reforma Trabalhista.
Jucá acredita que o projeto vai a plenário apenas em julho. A oposição diz que a base está dividida. O líder do PT no Senado, Lindbergh Farias, acredita que o prazo maior para votar a reforma trabalhista pode influenciar mais votos contra o projeto, na medida em que surjam novos fatos negativos envolvendo o Governo do presidente Michel Temer, que tenta manter em dia a tramitação das reformas para mostrar que tem governabilidade apesar das acusações de corrupção.
E o Governo começa a ter as primeiras dissidências. O senador Hélio José, do PMDB, o mesmo partido do presidente Michel Temer, disse nesta quarta-feira que sofreu uma retaliação terrível do Palácio do Planalto após votar contra o relatório da Reforma Trabalhista na Comissão de Assuntos Sociais.
Duas pessoas indicadas pelo parlamentar com cargos no Executivo foram demitidas pela Casa Civil. A avaliação de aliados do Governo é de que Hélio José foi influenciado pelo líder do PMDB no Senado, Renan Calheiros, que nos meses vem atacando o Palácio do Planalto.
Com informações do repórter Jovem Pan em Brasília Arthur Scotti
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