Tratamento de transplantados em SP corre risco por falta de remédio
A falha do abastecimento de um remédio essencial para transplantados ameaça o tratamento de quase 40 mil pacientes em São Paulo.
O problema se arrasta desde o começo do ano, quando o Ministério da Saúde, responsável pela compra e distribuição dos imunossupressores, começou a atrasar a entrega de lotes no Estado.
Sem as doses diárias, o organismo de quem ficou na fila de espera de transplantes e recebeu um coração, por exemplo, pode rejeitar o órgão e colocar todo o tratamento a perder.
O medicamento que mais falta é o Tacrolimo.
Para fechar a conta, mais de um 1,5 milhão de comprimidos precisam chegar às farmácias paulistas até o fim do segundo semestre, alerta o coordenador da Assistência Farmacêutica da Secretaria da Saúde, Victor Travassos, que já trabalha buscando alternativas.
“Uma das possibilidades é a gente começar a migrar de uma droga para a outra nos casos possíveis. Não tenho previsão exata [de quando faltará o remédio]. Mas estamos em faixa estreita para poder suprir essa necessidade”, disse.
Os imunossupressores entram no hall de medicamentos de alto custo.
Segundo os cálculos da Secretaria estadual da Saúde, suprir o estoque representaria um custo adicional ao orçamento de mais de 2 milhões de reais.
Procurado, o Ministério da Saúde não se posicionou até o fechamento desta reportagem
*Informações da repórter Carolina Ercolin
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