Tribunal de Justiça define medidas de segurança urgentes após ataque à juíza

  • Por Jovem Pan
  • 02/04/2016 11h22
Reprodução/Google Maps Fórum do Butantã (Google Maps)

 O Tribunal de Justiça de São Paulo definiu medidas urgentes para garantir a segurança de juízes nos fóruns do Estado. A primeira é obter avaliação de eventuais fragilidades e das necessidades quanto à proteção de juízes e demais funcionários. A segunda é criar uma lista de prioridades com ações que podem ser tomadas de imediato e outras que precisam de mais tempo.

A Associação dos Magistrados Brasileiros faz a mesma reivindicação de maior segurança para todos os fóruns do país. O presidente da AMB diz que ataques, como o que ocorreu contra a juíza Tatiane Moreira Lima, não irão amedrontar os magistrados. Em entrevista ao repórter Daniel Lian, João Ricardo Costa reforça a necessidade de rever e aperfeiçoar a segurança nos fóruns: “A segurança é um processo de evolução, cada vez mais temos que aperfeiçoar o sistema de segurança, cada vez as possibilidades de agressões ficam mais sofisticadas. Vivemos em um mundo virtual e temos que progredir cada vez mais em relação a isso. É uma preocupação nossa da magistratura e de todos os setores onde aflora a violência na sociedade”.

Na quarta-feira, a juíza Tatiane Moreira Lima foi mantida refém sob a ameaça de ser incendiada por um homem que invadiu o Fórum do Butantã. Através de uma rede social, a magistrada diz que está recuperada, agradece a solidariedade e enfatiza que ninguém irá atrapalhar o seu trabalho: “Graças a Deus os danos físicos foram mínimos e os danos emocionais também. Felizmente não vou deixar que um maluco impeça que eu faça meu trabalho, que eu exerça a minha função. Um trabalho que eu amo tanto e me dedico muito a essa causa da violência doméstica. Uma pessoa só não pode apagar um trabalho que beneficia uma série de pessoas”.

Segundo o Conselho Nacional de Justiça, pelo menos 200 juízes foram ameaçados e colocados sob proteção policial até 2013. Os dados apontam ainda que cerca de 500 abandonaram a carreira, alegando entre suas razões a falta de segurança para atuação jurisdicional.

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