Triplica número de jovens se alistando no exército francês após atentados
Triplicou o número de jovens se alistando ao exército francês após os atentados em Paris no dia 13 de novembro. Na semana posterior aos ataques, as forças armadas da França receberam 1.500 inscrições por dia para alistamento, contra a média de 500 por dia antes da ofensiva terrorista. O serviço militar não é obrigatório no país desde 2001.
Para o chefe de comunicação e marketing do recrutamento, coronel Eric de Lapresle, esse é um fenômeno totalmente inédito. Em 2015, o Exército já teve um ano excepcional em termos de alistamento, impulsionado pelos ataques no mês janeiro à sede do Jornal Charlie Hebdo e a um supermercado kosher também na capital francesa.
Em 2014, o órgão de defesa recebia em média 130 inscrições por dia. Esse número aumentava para cerca de 300 quando eram veiculadas campanhas publicitárias.
Desde os ataques de janeiro, o governo francês decidiu poupar de cortes os postos de trabalho na área de defesa, em especial os do Exército, que pretende empregar 15 mil jovens até o fim do ano e 16 mil em 2016. Em 2014, o motante foi de10 mil.
O próprio coronel Lapresle reconhece que muitas inscrições são de curiosos ou daqueles jovens que não sabem muito bem o que querem e vão se inscrevendo em vários processos seletivos.
A expectativa é que, de 160 mil candidatos neste ano, 60 mil passem nos testes de avaliação física, médica e psicológica. Desse grupo, ao redor de 35 mil podem ser declarados aptos e apenas 15 mil devem se tornar de fato soldados.
Podem se candidatar jovens entre 17 e 29 anos de idade. O processo seletivo dura cerca de 4 meses e inclui ainda entrevistas que abordam a motivação do candidato.
Com informações de Daniel Lian
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