Trump diz que até um aluno do ensino médio entenderia decreto anti-imigração
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, voltou a atacar nesta quarta-feira os juízes que suspenderam por meio de liminares o decreto anti-imigração.
Em discurso na Associação Nacional de Xerifes, o republicano aproveitou a plateia para falar apenas de políticas de segurança pública de seu governo.
Ele insistiu que a restrição à entrada de cidadãos de sete países de maioria muçulmana vai diminuir a violência nas cidades americanas e evitar ataques terroristas.
Mas enquanto ainda enfrenta uma batalha judicial, Trump usa suas munições contra os magistrados que se posicionaram contra o decreto.
“O presidente tem autoridade para determinar quem entra nos Estados Unidos”. Após ler esse trecho da lei de imigração americana, o republicano provocou afirmando que até um aluno ruim do ensino médio entenderia o decreto.
Nesta terça-feira, a corte de apelação da Califórnia ouviu os argumentos do departamento de justiça, que defendeu a medida.
O tribunal deve decidir nos próximos dias se considera legal a ordem executiva. Até lá, os refugiados e cidadãos dos sete países listados não podem ser barrados nas fronteiras americanas.
Irritado com a decisão, Trump pediu a ajuda dos policiais: “vocês conhecem os ilegais, conhecem eles na vizinhança. Vocês têm o poder. O presidente pediu para os oficiais entreguem os imigrantes maus à polícia, para que o governo os expulse rapidamente dos Estados Unidos”.
O republicano disse ainda que muitas pessoas achavam que ele estava brincando quando disse que construiria um muro na fronteira com o México. Ele deixou um recado: eu não brinco com essas coisas.
O governo americano revelou outra medida para aumentar o controle da entrada de turistas ao país.
O secretário de segurança doméstica, John Kelly, disse que as embaixadas americanas poderão exigir as senhas de acesso a redes sociais dos solicitantes de visto dos Estados Unidos.
O general disse, no entanto, que esse controle seria exigido apenas para os cidadãos dos sete países listados por Trump: Irã, Síria, Líbia, Iraque, Somália, Sudão e Iêmen.
*Informações do repórter Victor LaRegina
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