Trump na presidência afeta minimamente o Brasil, diz embaixador nos EUA
O embaixador do Brasil nos Estados Unidos (EUA), Sérgio Amaral, amenizou as incertezas das consequências da eleição de Donald Trump para o Brasil, em entrevista exclusiva à Jovem Pan.
Amaral prevê mudanças na política externa norte-americana, especialmente para europeus, a China e os países que apostaram no tratado de comércio transpacífico, que pode não prosperar. “Em relação nós, eu tenho a impressão que o impacto é pequeno”, diz o embaixador. As causas são que o Brasil não tem superávit em relação aos EUA, nem “rouba” empregos dos norte-americanas.
Ao contrário, Amaral avalia que as mudanças estadunidenses podem até trazer mudanças positivas para o País.
O embaixador também não aposta que acontecerá um abalo muito grande na relação entre EUA e China, que poderia afetar o mercado internacional e o Brasil. “Acho que prevalecerá o bom senso”, diz.
Imigrantes
O embaixador brasileiro reconhece que “os imigrantes brasileiros estão inquietos” com a eleição de Trump, que tem um forte discurso contra a imigração. Amaral entende, no entanto, que não haverá muitos problemas à população brasileira nos EUA, por considerá-la “ordeira e trabalhadora”, além de menor que outros povos. Apenas pessoas com antecedentes criminais poderiam ser comprometidos, entende Amaral.
Economia
A expanssão dos gastos prevista por Donald Trump pode causar um aumento dos juros norte-americanos, o que pode complicar financeiramente a economia brasileira. Por outro lado, o crescimento da economia dos EUA, avalia Amaral, pode gerar oportunidades para o Brasil de novos acordos.
O embaixador vê também para o Brasil uma “oportunidade estratégica de grande aproximação com nossos vizinhos da América do Sul”.
China
“O problema maior do comércio mundial hoje é que nenhum país consegue concorrer com a China”, analisa o embaixador. Por isso o comércio aberto seria o grande desafio. Ouça e assista à entrevista completa aqui:
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