TSE julga chapa Dilma-Temer nesta terça; megaestrutura é montada em Brasília

  • Por Jovem Pan
  • 03/04/2017 06h31

Vice-presidente Michel Temer (esq.) e Dilma Rousseff

EFE/Fernando Bizerra Jr Vice-presidente Michel Temer (esq.) e Dilma Rousseff - EFE

No Tribunal Superior Eleitoral está tudo pronto para o início do julgamento mais esperado e o mais importante da história do TSE, que ocorre nesta terça-feira (04).

Os ministros vão analisar pedido do PSDB de cassar a chapa presidencial que foi eleita em 2014 com Dilma Rousseff como presidente e Michel Temer como vice.

Nesse final de semana surgiram informações de que a chapa teria recebido R$ 112 milhões via caixa dois. O que reforça a tese de crime de abuso do poder econômico.

Por conta do grande número de pessoas que vão tentar acompanhar o julgamento, uma megaestrutura está sendo montada em Brasília. O tribunal vai disponibilizar telões para jornalistas e advogados que não conseguirem entrar no plenário onde os sete ministros da Casa deverão decidir sobre a cassação ou não da chapa vitoriosa em 2014.

A segurança será reforçada, tanto dentro do TSE quanto na parte externa.

Na semana passada advogados de Dilma e Temer pediram mais tempo para analisar as provas, principalmente as relativas à delação da Odebrecht e também a separação da chapa.

Logo após, o ministro Herman Benjamin vai apresentar o relatório dele que tem pouco mais de mil páginas. Ele já avisou que fez um breve resumo que tem pouco mais de 150 páginas. Só para se ter uma ideia o processo conta mais de 7 mil páginas – 27 volumes e quase 60 depoimentos.

Nessa fase do julgamento, o relator ele apenas apresenta os fatos. O voto só será dado depois das sustentações orais dos advogados de defesa e acusação. Cada lado terá 15 minutos para falar. Depois será a vez do Ministério Público Eleitoral que também conta com 15 minutos.

A avaliação do Ministério Público é que a chapa deve ser cassada com a perda dos direitos políticos da ex-presidente Dilma e na avaliação do MP Eleitoral, Temer perderia o mandato mas manteria os direitos políticos, uma vez que não haveria prova suficiente de que ele sabia da prática de caixa dois na campanha eleitoral de 2014.

Após essas manifestações o relator apresenta seu voto.

Entre os ministros já há uma expectativa de pedido de vista de um tempo maior para analisar a questão.

A cassação da chapa foi pedida pelo PSDB. Ao todo foram quatro ações protocoladas, quando o partido fazia oposição ao Governo de Dilma Rousseff. Hoje os tucanos apoiam o presidente Temer.

*Informações da repórter Luciana Verdolin

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